Movimento da compra do grupo do café Pilão desperta curiosidade: quem são as gigantes do comércio global de café?
Por: Mirian Ferreira
O mercado global de café está fervendo, e as grandes empresas do setor estão em uma corrida acirrada para conquistar uma fatia maior desse mercado, que deve alcançar impressionantes US$ 174 bilhões até 2030. Recentemente, a norte-americana Keurig Dr Pepper (KDP) movimentou o setor ao anunciar a compra da holandesa JDE Peet’s por 15,7 bilhões de euros (cerca de US$ 18 bilhões). Com isso, a KDP não só realiza a maior aquisição da Europa em mais de dois anos, como também se posiciona para rivalizar diretamente com a Nestlé, líder histórica do setor.
A transação transformará a KDP em uma potência global do café, com marcas como Keurig, Jacobs, L’OR Pilão, Caboclo, Café Pelé, Café do Ponto e Peet’s, operando em cerca de 100 países e gerando US$ 16 bilhões em vendas anuais. Apesar disso, a Nestlé ainda lidera com seu vasto portfólio que inclui alimentos, nutrição e, claro, café.
As outras gigantes do café
Além de KDP e Nestlé, outras empresas disputam o mercado global. A Starbucks, por exemplo, segue como referência em cafeterias e produtos premium, enquanto a J.M. Smucker, dona da marca Folgers, mantém sua força no mercado norte-americano. Na Europa, a Lavazza e a Massimo Zanetti são nomes de peso, enquanto a China vê uma batalha local entre a Starbucks e a Luckin Coffee. Já a Tata Coffee, na Índia, aposta em plantações orgânicas para atender à crescente demanda por sustentabilidade.
Empresas como Coca-Cola, que adquiriu a rede Costa Coffee em 2018, também tentam se consolidar no setor, mas enfrentam desafios estratégicos, como a possível venda do negócio. Enquanto isso, marcas como Caribou Coffee e Melitta expandem suas operações por meio de parcerias e novos mercados.
Fusões, aquisições e o futuro do café
A onda de consolidação no mercado de café reflete tanto o crescimento do setor quanto os desafios econômicos. Taxas de juros mais altas e custos crescentes pressionam empresas menores, enquanto as gigantes aproveitam para expandir suas operações. Na Austrália, por exemplo, a Retail Food Group adquiriu a CIBO Espresso, enquanto no Reino Unido o Nero Group expandiu sua presença no setor de viagens.
Além disso, a busca por cafés premium, opções prontas para beber e práticas sustentáveis tem impulsionado o mercado. A Nestlé, por exemplo, comprou a Seattle’s Best Coffee da Starbucks, enquanto a Lavazza investiu em joint ventures na China e aquisições estratégicas na Europa.
O que está em jogo?
O mercado global de café não é apenas uma questão de sabor, mas de estratégia. Com bilhões de dólares em jogo, as grandes empresas estão moldando o futuro do café, seja por meio de inovações, aquisições ou expansão para novos mercados. Para os coffee lovers, isso significa mais opções, mas também a certeza de que o café continuará sendo um dos produtos mais disputados do mundo.
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Sou uma jornalista com mais de 30 anos de carreira e apaixonada por café e aqui neste blog uso meu conhecimento técnico e meu gosto pela escrita para falar com outros coffee lovers, mostrando tudo o que acho interessante no universo do café.
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